30 de abr. de 2007

Trabalho em equipe II

A esta altura do campeonato é desnecessário justificar o trabalho em equipe. A questão não é mais a respeito do valor, mas do processo: não discutimos mais se vamos ou não trabalhar em equipe, mas como vamos atuar juntos. Temos, portanto, pelo menos três opções: um grupo de amigas no shopping, uma orquestra sinfônica e um time de futebol.

O grupo de amigas no shopping é uma equipe, pois se reúne ao redor de interesses e objetivos comuns: compras ou diversão (para as mulheres, quase sinônimos). Esta é uma equipe que obedece as máximas "todo mundo fala ao mesmo tempo a respeito de tudo" e "todo mundo faz tudo e todo mundo junto". Todas entram na mesma loja, falam com mesma vendedora, mexem na mesma blusa, e saem rindo sem levar nada. No caminho, lembram que a fulana foi para a Europa, dão risada do vestido ridículo da sicrana e comentam com despeito da beltrana que está de namorado novo. São uma equipe, mas atuam como se não fossem: há sobreposição de funções , duplicação de esforços e lentidão nos processos. A verdade verdadeira é que se divertem pra valer. E os resultados ? Os resultados são mero detalhe, pois não é raro que cheguem em casa exaustas e lamentem: "Não achei nada". É possível também que tenham outra visão de resultados, que a maioria dos homens não compreende.

A orquestra sinfônica também é uma equipe. Pessoas com habilidades diferentes (instrumentos), seguem um plano de trabalho (partitura), sob coordenação centralizada (maestro), visando um resultado comum (sinfonia). Cada um tem sua parte no processo, um não faz o que o outro faz, e o resultado final depende da excelência com que cada um faz o que lhe compete.

Já o time de futebol atua de maneira completamente diferente. Esta equipe também tem componentes com habilidades diferentes (o zagueiro e o atacante), que obviamente resultam em atribuições diferentes. Existe um plano de trabalho (o esquema tático) visando o objetivo comum (fazer gols em número maior do que os sofridos, para ganhar a partida), e uma coordenação (a comissão técnica). Mas apesar de suas diferenças em termos de habilidades e atribuições, nada impede que um faça o trabalho do outro, ou coopere para que outro consiga cumprir sua função. O zagueiro pode atacar e o atacante pode defender. Apesar de serem amigos, em campo ninguém fica comentando a respeito da nova namorada do Ronaldinho ou do contrato do Robinho. E também não fazem tudo junto, pois não correm todos atrás da bola; cada um sabe em que faixa do campo atuar.

Dos três exemplos, o melhor modelo para o trabalho em equipe numa comunidade cristã é de fato o time de futebol. Os outros dois são extremos opostos: ou todo mundo faz tudo, ou cada um faz a sua parte. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. O melhor é que cada um, além de fazer a sua parte, ajude o outro a fazer a parte dele. Na verdade, a parte do outro é também a parte de cada um. Ou, na parte de cada um já vem embutida a parte do outro. Entendeu?

Ed René Kivitz

Um comentário:

Anônimo disse...

Olá! Sou Da Igreja Presbiteriana de Araxá MG, e sou lider de jovens aki. Estou fazendo uma pesquisa sobre trabalhos na igreja com jovens que são eficazes. Isto pq estamos montando um projeto aki e queremos poder fazer algo que desperte o jovem para Cristo e que não fuja do presbiterianismo. Queridos se puderem me mandar um email contando o que vcs tem feito feicaria feliz e extremamente grata. Meu email: viviane.eliane.rodrigues@hotmail.com
Desde ja agradeço!!!! Bjus e fiquem com Deus!