O Meu Isaque?
Entregar algo que nos é caro sempre foi difícil. Dar algo que, ao nosso entender, é tão bom, nos faz tão bem, nos enleva, nos alegra e saber que isso nunca mais será nosso é mais difícil ainda. Entregar então algo que é a nossa própria vida... quase impossível.
Certo dia Deus mesmo chegou para um amigo seu e lhe pediu algo: seu filho, Isaque. Nada mais do que a promessa de Deus para seu amigo Abraão era agora lhe pedido como sacrifício, algo a ser morto. Os dias, anos de alegria de Abraão ao ver Isaque crescendo, tomando forma, jeito de gente... os dias a brincar correndo atrás de ovelhas, a voz suave ao ouvido lhe chamando: “pai”... sonhos... um velho homem de alma rejuvenescida pela chegada de um filho... e agora a voz amiga lhe pedindo: Dá-me!!
Trevas... medo... tristeza.... solidão... angústias de um coração que vê o sonho se transformar em pesadelo...e lá vai ele... com outro sonho... o sonho da ressurreição.. vida que nasce da morte... presente que brota da entrega... esperança que brota da ausência dela mesma.
Bem, o final dessa história vocês conhecem bem... Mas, onde quero chegar afinal ? Repito propositadamente o primeiro parágrafo: Entregar algo que nos é caro sempre foi difícil. Dar algo que, ao nosso entender, é tão bom, nos faz tão bem, nos enleva, nos alegra e saber que isso nunca mais será nosso é mais difícil ainda. Entregar então algo que é a nossa própria vida... quase impossível.
Deus talvez esteja pedindo a muitos de nós o nosso Isaque... mas o que é o “nosso Isaque”?? Vou aventurar-me a uma aplicação livre do texto (não me chamem de herege, hehe), correrei com prazer esse risco.
Em primeiro lugar o nosso “Isaque” é tudo aquilo que é nascido da carne, como um filho... gerado do nosso interior, ganha forma e vida dentro de nós e depois brota... rompe nossas entranhas e nos faz ter a maravilhosa sensação do filho gerado. Como assim?? Não estou falando aqui de obras da carne, mas de frutos naturais de nossa existência humana, carnal, palpável, empírica.
Não quero interpretar Isaque como as obras da carne conhecidas, lascívia, prostituição, bebedices, etc... não, não é isso!! Isaque é aquilo em nós que é bom, que nos dá prazer, as vezes até mesmo vem de Deus (um dom, um talento), aquilo em nós que de vez em quando nos faz olhar e pensar: “nossa, como isso é bom em mim!!”; “como meu “filho”é bonito!”
Porque entregar o que é ruim, aquilo que nos consome de mal, aquilo que nos afronta a alma, que nos amargura... é fácil, difícil mesmo é entregar aquilo que nos é bom, aquilo que as pessoas mais admiram em nós e reconhecermos que isso não é nada, e mais uma vez volto a repetir:
Entregar algo que nos é caro sempre foi difícil. Dar algo que, ao nosso entender, é tão bom, nos faz tão bem, nos enleva, nos alegra e saber que isso nunca mais será nosso é mais difícil ainda. Entregar então algo que é a nossa própria vida... quase impossível.
Mas... por que estou escrevendo isso tudo?? Simples... Nunca seremos nada antes de entregarmos TUDO nas mãos daquele que é tudo em nós (ou pelo menos, deveria ser). Nossos talentos, nossos estudos, nosso conhecimento de nada valem se não estiverem no altar, prontos para serem sacrificados, pronto para serem dilacerados pelo cutelo da mão divina para que haja ressurreição neles... para que haja vida!!
Confesso estar um pouco cansado dos livros, do conhecimento, sem que isso resulte em vida... Este texto não é só para os outros... é para mim também... na tentativa de me instruir a colocar o meu Isaque sobre o lenho e deixar que fogo o consuma totalmente.
Mas... na história real Isaque não foi sacrificado, vocês podem estar perguntando. Exato... um cordeiro foi sacrificado no lugar dele...e o que isso tem a ver ??
Mudemos de cenário... ao invés do Monte Moriá caminhemos para o Monte do Calvário... ali um outro lenho é levantado e um outro cordeiro sacrificado. Fim dos sacrifícios?? Sim, mas começo da cruz, onde nos gloriaremos sempre.
Sacrificar o nosso Isaque hoje significa bem mais que leva-lo ao alto de um monte para ser sacrificado... antes, significa lançar sobre o crucificado aquilo que somos e experimentarmos a ressurreição que vem dele. Significa lançar sobre ele nossos dons, talentos, conhecimentos, tudo aquilo de que podemos nos gloriar... para que sejam mortos com ele...e ressuscitem com ele... novos, limpos, prontos para serem usados como instrumentos de louvor... sacrifícios de louvor... isso é entregar o Isaque... isso é “gloriar-se na cruz”.
Ao fazermos isso, sentiremos com certeza nova vida pululando em nossas atitudes, sentiremos que fazer a obra de Deus crescer é antes de tudo, crescer em Deus para fazer sua obra... é crucificarmos com Cristo não só nossos entraves, pois como já disse, isso é fácil... queremos nos livrar deles, mas difícil mesmo é lançar sobre a cruz (e sobre o crucificado) aquilo que é BOM em nós, aquilo de que poderíamos nos encher, pois acaba aí nossa glória, nosso engrandecimento tolo de acharmos que somos alguma coisa sem aquele que foi lançado perfeito sobre a cruz. “Sem mim, nada podeis fazer” disse ELE... que não queiramos ser tolos o suficiente para tentarmos fazer a obra DELE sem ELE.
Pra terminar...
Entregar algo que nos é caro sempre foi difícil. Dar algo que, ao nosso entender, é tão bom, nos faz tão bem, nos enleva, nos alegra e saber que isso nunca mais será nosso é mais difícil ainda. Entregar então algo que é a nossa própria vida... quase impossível.
Mas... para Deus não haverá impossíveis!!!
Que Deus nos dê graça,
José Barbosa Junior
www.crerepensar.com.br
Certo dia Deus mesmo chegou para um amigo seu e lhe pediu algo: seu filho, Isaque. Nada mais do que a promessa de Deus para seu amigo Abraão era agora lhe pedido como sacrifício, algo a ser morto. Os dias, anos de alegria de Abraão ao ver Isaque crescendo, tomando forma, jeito de gente... os dias a brincar correndo atrás de ovelhas, a voz suave ao ouvido lhe chamando: “pai”... sonhos... um velho homem de alma rejuvenescida pela chegada de um filho... e agora a voz amiga lhe pedindo: Dá-me!!
Trevas... medo... tristeza.... solidão... angústias de um coração que vê o sonho se transformar em pesadelo...e lá vai ele... com outro sonho... o sonho da ressurreição.. vida que nasce da morte... presente que brota da entrega... esperança que brota da ausência dela mesma.
Bem, o final dessa história vocês conhecem bem... Mas, onde quero chegar afinal ? Repito propositadamente o primeiro parágrafo: Entregar algo que nos é caro sempre foi difícil. Dar algo que, ao nosso entender, é tão bom, nos faz tão bem, nos enleva, nos alegra e saber que isso nunca mais será nosso é mais difícil ainda. Entregar então algo que é a nossa própria vida... quase impossível.
Deus talvez esteja pedindo a muitos de nós o nosso Isaque... mas o que é o “nosso Isaque”?? Vou aventurar-me a uma aplicação livre do texto (não me chamem de herege, hehe), correrei com prazer esse risco.
Em primeiro lugar o nosso “Isaque” é tudo aquilo que é nascido da carne, como um filho... gerado do nosso interior, ganha forma e vida dentro de nós e depois brota... rompe nossas entranhas e nos faz ter a maravilhosa sensação do filho gerado. Como assim?? Não estou falando aqui de obras da carne, mas de frutos naturais de nossa existência humana, carnal, palpável, empírica.
Não quero interpretar Isaque como as obras da carne conhecidas, lascívia, prostituição, bebedices, etc... não, não é isso!! Isaque é aquilo em nós que é bom, que nos dá prazer, as vezes até mesmo vem de Deus (um dom, um talento), aquilo em nós que de vez em quando nos faz olhar e pensar: “nossa, como isso é bom em mim!!”; “como meu “filho”é bonito!”
Porque entregar o que é ruim, aquilo que nos consome de mal, aquilo que nos afronta a alma, que nos amargura... é fácil, difícil mesmo é entregar aquilo que nos é bom, aquilo que as pessoas mais admiram em nós e reconhecermos que isso não é nada, e mais uma vez volto a repetir:
Entregar algo que nos é caro sempre foi difícil. Dar algo que, ao nosso entender, é tão bom, nos faz tão bem, nos enleva, nos alegra e saber que isso nunca mais será nosso é mais difícil ainda. Entregar então algo que é a nossa própria vida... quase impossível.
Mas... por que estou escrevendo isso tudo?? Simples... Nunca seremos nada antes de entregarmos TUDO nas mãos daquele que é tudo em nós (ou pelo menos, deveria ser). Nossos talentos, nossos estudos, nosso conhecimento de nada valem se não estiverem no altar, prontos para serem sacrificados, pronto para serem dilacerados pelo cutelo da mão divina para que haja ressurreição neles... para que haja vida!!
Confesso estar um pouco cansado dos livros, do conhecimento, sem que isso resulte em vida... Este texto não é só para os outros... é para mim também... na tentativa de me instruir a colocar o meu Isaque sobre o lenho e deixar que fogo o consuma totalmente.
Mas... na história real Isaque não foi sacrificado, vocês podem estar perguntando. Exato... um cordeiro foi sacrificado no lugar dele...e o que isso tem a ver ??
Mudemos de cenário... ao invés do Monte Moriá caminhemos para o Monte do Calvário... ali um outro lenho é levantado e um outro cordeiro sacrificado. Fim dos sacrifícios?? Sim, mas começo da cruz, onde nos gloriaremos sempre.
Sacrificar o nosso Isaque hoje significa bem mais que leva-lo ao alto de um monte para ser sacrificado... antes, significa lançar sobre o crucificado aquilo que somos e experimentarmos a ressurreição que vem dele. Significa lançar sobre ele nossos dons, talentos, conhecimentos, tudo aquilo de que podemos nos gloriar... para que sejam mortos com ele...e ressuscitem com ele... novos, limpos, prontos para serem usados como instrumentos de louvor... sacrifícios de louvor... isso é entregar o Isaque... isso é “gloriar-se na cruz”.
Ao fazermos isso, sentiremos com certeza nova vida pululando em nossas atitudes, sentiremos que fazer a obra de Deus crescer é antes de tudo, crescer em Deus para fazer sua obra... é crucificarmos com Cristo não só nossos entraves, pois como já disse, isso é fácil... queremos nos livrar deles, mas difícil mesmo é lançar sobre a cruz (e sobre o crucificado) aquilo que é BOM em nós, aquilo de que poderíamos nos encher, pois acaba aí nossa glória, nosso engrandecimento tolo de acharmos que somos alguma coisa sem aquele que foi lançado perfeito sobre a cruz. “Sem mim, nada podeis fazer” disse ELE... que não queiramos ser tolos o suficiente para tentarmos fazer a obra DELE sem ELE.
Pra terminar...
Entregar algo que nos é caro sempre foi difícil. Dar algo que, ao nosso entender, é tão bom, nos faz tão bem, nos enleva, nos alegra e saber que isso nunca mais será nosso é mais difícil ainda. Entregar então algo que é a nossa própria vida... quase impossível.
Mas... para Deus não haverá impossíveis!!!
Que Deus nos dê graça,
José Barbosa Junior
www.crerepensar.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário